O que é core web vitals e por que é importante?

Os motivos por trás do sucesso do Google incluem as constantes atualizações para melhorar o User Experience (UX). Esse mecanismo precisa de “sinais” dos usuários para avaliar quais sites oferecem uma boa experiência aos mesmos e, assim, classificá-los nos resultados de pesquisa. 

Em 2020, o Google anunciou que novos itens seriam criados por sua equipe para aprimorar o UX. Denominadas de Core Web Vitals (CWVs), as métricas de aprimoramento para avaliar velocidade, interatividade e estabilidade visual são, respectivamente, Largest Contentful Paint (LCP), First Input Delay (FID) e Cumulative Layout Shift (CLS). 

A avaliação das web vitals é combinada com outros fatores já existentes do Page Experience. Além de todos os critérios considerados pelas cores, o Google prioriza na UX os HTTPS, navegação segura, Mobile Friendly e intersticiais intrusivos (anúncios pop-up).

Provavelmente você talvez esteja confuso no momento, mas não se preocupe. Neste artigo das core web vitals, assim como tudo sobre o que está por trás delas. Vamos lá?

Indicadores de Page Experience

Ilustração com diversas pessoas em competição para oferecer a melhor experiência em suas respectivas páginas

O Google leva a sério a experiência do usuário, então é necessário compreender todos os itens envolvidos nela. Falamos resumidamente sobre as métricas utilizadas pelo Page Experience, mas para explicarmos melhor as CWVs, precisamos detalhar os indicadores de avaliação dos resultados antes mesmo da criação das cores

HTTPS

O Hyper Text Transfer Protocol Secure (HTTPS) é uma camada de proteção adicional de segurança para garantir que os dados de computadores sejam transmitidos em uma conexão criptografada. Esse protocolo verifica a autenticidade do servidor, assim como a do cliente por certificados digitais.

É importante lembrar que o HTTPS não é a mesma coisa do HTTP. O primeiro é a versão criptografada do outro. Caso você queira entender um pouco mais sobre esse protocolo, dê uma olhada aqui.

Com o tanto de sites disponíveis na web, não é possível que todos estejam em perfeitas condições de segurança. Para garantir que a navegação dos usuários seja segura, o Google analisa as URLs e identificam quais estão vulneráveis. 

Os erros de programação que implicam em riscos para os usuários podem ser corrigidos por uma ferramenta do próprio mecanismo. Para descobrir o status de segurança da sua página, faça o teste no Google Transparency Report

Mobile Friendly 

Muitos usuários utilizam o Google para fazer suas buscas em dispositivos móveis ao invés de computadores. Em 2015, o mecanismo fez uma atualização em seus algoritmos, conhecida como “mobilegeddon”, para avaliar o desempenho de sites no mobile. Essa métrica tinha a ideia de que determinados assuntos deveriam focar na experiência do usuário em smartphones, e não necessariamente em desktops. 

Posteriormente, em 2018, a qualidade das páginas deixou de ser avaliada separadamente entre as versões disponíveis em dispositivos móveis e computadores. O Mobile First Index, última atualização do Google, agora utiliza como base todas as páginas no formato mobile para identificar se elas oferecem uma boa UX.

Para verificar quais sites são mobile friendly, o Google criou uma ferramenta que faz isso.

Intersticiais intrusivos

Sabe aqueles anúncios pop-ups que aparecem com frequência em determinadas páginas e atrapalham sua leitura? Na maioria das vezes você até deixa de consumir o conteúdo de sites por conta deles. 

Os pop-ups estão na internet há muito tempo, mas essa prática não passa despercebida, pelo contrário. Pensando em garantir que eles não prejudiquem o UX, o Google avalia o uso dos mesmos em sites.

A prática de utilizar esses “intersticiais intrusivos” não é proibida, tampouco será banida. Inclusive, você deve utilizá-los. Isso porque os pop-ups auxiliam na publicidade, mas lembre-se de que eles não podem prejudicar a experiência do usuário e nem interromper sua navegação.

O que são as Core Web Vitals

Ilustração de páginas em dois dispositivos em um tablet e um celular. Ambas indicando uma boa experiência ligadas ao core web vitals

As Core Web Vitals, como você já sabe, foram criadas pelo Google para garantir a melhor experiência possível aos usuários. Em conjunto com os outros fatores da Page Experience, que falamos agora há pouco, essas métricas corrigem os problemas de UX de um site.

Devido à unificação das web vitals, as soluções para o rankeamento de páginas na web são simples e efetivas. É importante lembrar que mesmo que o usuário tenha uma boa experiência em algum site, isso não anula a qualidade e relevância dos conteúdos ofertados. 

Às vezes uma página pode ser inferior a outra no que diz respeito ao UX, mas ocupa o topo dos resultados por causa das informações disponibilizadas. Caso os conteúdos sejam semelhantes, a experiência pode ser levada em conta para a classificação. 

O Google divide os dados das cores web vitals em dois grupos. São eles o Field Data, que considera as experiências dos usuários nos sites, que serve para elaborar a classificação de páginas no mecanismo. E também o Lab Test Data, o qual aproxima as métricas para fazer uma “reprodução” da experiência do internauta. 

Existem diversos fatores que refletem a qualidade do UX. Além das métricas de CWV, são analisados o tempo de permanência nos sites, a taxa de retorno, entre outros. 

Bom, agora é hora de falarmos o que de fato são as três métricas por trás das core web vitals. Confira! 

Largest Content Paint

Infográfico Sobre a métrica LCP (em português, 'maior conteúdo impresso'). Nele podemos ver as iniciais LCP e logo abaixo um medidor dividido em 3 partes, são elas 'good', 'need improvement' e 'poor'. Cada uma está dentro de uma faixa de tempo, respectivamente, de 0 à 2,5 segundos; de 2,5 à 4 segundos; e, 4 segundos ou maior.

Uma página na web não é nada sem o carregamento. E a Largest Contentful Paint foi criada para isso, pois ela é a métrica de representação da velocidade em que os sites apresentam seus resultados, por meio de um cálculo que mede o início até a renderização do maior elemento visual, que pode ser texto, imagem ou vídeo.

Pense em sites que possuem diversas informações escritas e também imagens para compor o design. É aí que entra a LCP, para medir o tempo em que esses elementos visuais aparecerão para os usuários. 

De acordo com os conceitos estabelecidos pelo Google, um bom LCP deve ter 2,5 segundos ou menos. Caso esteja entre 2,5 e 4 segundos é razoável, mas precisa ser aprimorado. Já um LCP ruim e que precisa de reparações urgentes é aquele que está acima dos 4 segundos.

O LCP pode ser melhorado, mas para isso alguns fatores devem ser observados. As causas que influenciam no desempenho dessa métrica são o tempo de resposta lento do servidor, bloqueio de renderização por JavaScript ou CSS, baixo carregamento de recursos, entre outros. 

Para melhorar o LCP de uma página, devem ser feitas otimizações no servidor, utilizar versões de HTML em cache, reduzir o tempo de bloqueio e minimizar o JavaScript, assim como o CSS. Além disso, comprima as imagens, compacte arquivos de texto e faça uma pré-renderização do lado do cliente.

First Input Delay (FID)

Infográfico Sobre a métrica FID (em português, 'primeiro conteúdo impresso'). Nele podemos ver as iniciais FID e logo abaixo um medidor dividido em 3 partes, são elas 'good', 'need improvement' e 'poor'. Cada uma está dentro de uma faixa de tempo, respectivamente, de 0 à 100 milissegundos; de 100 à 300 milissegundos; e, 3 milissegundos ou maior.

O LCP mede o tempo de carregamento de um site, mas e a primeira impressão que um usuário tem ao visitá-lo? Entre as web vitals, é o First Input Delay que está mais ligado à aprimoração UX, pois é a métrica responsável por avaliar esse contato inicial. 

Imagine que logo quando você entrou em uma página clicou em algum link e ainda ficou ali. Isso acontece porque o redirecionamento só será realizado quando as tarefas que estão em execução forem finalizadas. A mensuração feita pelo FID é baseada no tempo em que o conteúdo fica visualmente renderizado, ou seja, entre o primeiro clique até o processamento da resposta. 

O tempo de atraso pode ser causado, por exemplo, pelo carregamento de um arquivo de JavaScript. E um site que constantemente apresenta esse problema prejudica o UX, o que ninguém quer. 

De acordo com os parâmetros do Google, considera que os elementos clicáveis de uma página devem estar disponíveis em até 100 milissegundos. Caso um FID esteja entre 100 e 300ms, é um tempo razoável, mas ainda precisa ser melhorado. Se um site ultrapassar essa métrica, os ajustes são urgentes, pois a experiência é mal vista pelo mecanismo. 

Existem algumas ações para reduzir as taxas do FID nos sites. Entre elas estão, por exemplo, a redução do tempo de execução do JavaScript, assim como dividir aqueles que são pesados em tarefas menores. 

Cumulative Layout Shift (CLS)

Infográfico Sobre a métrica CLS (em português, 'Mudanças de layout cumulativas'). Nele podemos ver as iniciais CLS e logo abaixo um medidor dividido em 3 partes, são elas 'good', 'need improvement' e 'poor'. Cada uma está dentro de uma faixa de pontuação, respectivamente, de 0 à 0.1 pontos; de 0.1 à 0.25 pontos; e, 0.25 pontos ou maior.

A Cumulative Layout Shift é uma core web vital que mede a estabilidade visual durante o carregamento de sites. Quando mudanças ocorrem de forma inesperada, ela entra em ação. 

Essa métrica avalia os elementos que mudam de um quadro renderizado para o outro. Sabe todas as vezes que você sem querer em algum elemento do site porque o layout dele mudou na hora? Pois é, é isso que o CLS avalia.

Sempre que essas mudanças ocorrem, com elementos renderizados, ou seja, que já estavam visíveis, o CLS as avalia. Essa web vital mede a frequência e o impacto desses fatores inesperados para a experiência dos usuários. 

Muitas vezes os elementos dos sites são carregados de forma assíncrona. E por isso, as mudanças inesperadas no layout podem afetar o movimento de imagens sem tamanho definido ou anúncios incorporados nos códigos das páginas que, em sua maioria, não têm um padrão para a exibição. 

O CLS calcula as mudanças nos layouts das páginas por meio da Fração de Impacto, que mede o impacto na visualização. Já a Fração de Distância, considera quanto os elementos se moveram.

A pontuação do CLS de uma página é calculada pelo Google como boa se ficar abaixo de 0,1. Aqueles que estão entre 0,1 e 0,25 são razoáveis, mas precisam de aprimoramento. Caso o site esteja acima de 0,25, o UX é ruim, ou seja, as melhorias são urgentes!

Para garantir que o CLS do seu site seja bom, algumas otimizações devem ser feitas. Busque pré-definir imagens e vídeos incorporados, reduza o tempo de carregamento, reserve um espaço apenas para os anúncios e compacte bem o HTML para acelerar a exibição do layout.

Por que as Core Web Vitals são importantes?

Durante o artigo citamos todas as avaliações feitas pelas core web vitals nas páginas e, se você chegou até aqui, com certeza já sabe que elas são importantes para o rankeamento de qualquer site no Google. Essas métricas garantem não só a experiência do usuário, mas também sua segurança na web. 

Além do UX, as avaliações das web vitals auxiliam os sites a obterem resultados orgânicos, apenas por meio dos ajustes que você já conhece. Então que tal aplicar essas métricas na estratégia de SEO do seu negócio?

O aprimoramento das core web vitals fortalece a marca e aumenta as conversões de uma página. Dessa forma, o rankeamento pode estar cada vez mais perto, assim como o aumento na sua receita. 

Portanto, esteja atento às métricas das CWVs, assim como suas possíveis atualizações. Caso você não saiba como começar, entre em contato com a gente para podermos te ajudar com isso!

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