Design thinking: As 4 fases da inovação

Em uma época em que a inovação é a chave para o sucesso e o crescimento dos negócios, você provavelmente já se deparou com o termo “design thinking”. Talvez você ouça isso mencionado por um líder sênior como algo que precisa ser mais utilizado, ou veja isso no currículo de um possível funcionário.

Embora o design thinking seja uma ideologia baseada nos fluxos de trabalho dos designers para mapear as etapas do design. Seu objetivo é fornecer a todos os profissionais um processo padronizado para desenvolver soluções criativas para problemas relacionados, ou não, ao design.

Por que o design thinking é necessário? A inovação é definida como um produto, processo, serviço ou modelo de negócios que apresenta duas características críticas, como: novidade e utilidade.

No entanto, não adianta criar algo novo e inovador se as pessoas não o usarem. O design thinking oferece à inovação a atualização necessária para inspirar soluções significativas e impactantes.

Mas o que é design thinking e como isso beneficia os profissionais que trabalham?

O que é design thinking

O design thinking é diferente de outros processos de inovação e ideação, pois é baseado em soluções e centrado no usuário, em vez de baseado em problemas. Isso significa que ele se concentra na solução do mesmo em vez do problema em si.

Por exemplo, imagine que uma equipe está tendo dificuldades para fazer a transição para o home office. O design thinking os incentiva a considerar coisas como aumentar o envolvimento dos funcionários em vez de se concentrar no problema (diminuindo a produtividade).

A essência do design thinking é centrada no ser humano e específica do usuário. É sobre a pessoa por trás do problema e da solução, e requer perguntas como “Quem usará este produto?” e “Como essa solução afetará o usuário?”

O primeiro passo do design thinking é construir empatia com os usuários. Ao entender a pessoa afetada por um problema, você pode encontrar uma solução mais impactante. Além da empatia, o design thinking está centrado na observação da interação do produto, tirando conclusões com base em pesquisas e garantindo que o usuário permaneça o foco da implementação final.

As quatro fases da inovação

Então, o que o design thinking implica? O processo é simples e intuitivo, podendo ser dividido em 4 fases.

As fases vão do pensamento concreto ao abstrato e vice-versa, à medida que o processo dá voltas, inverte e se repete.

Esse é um equilíbrio crucial porque o pensamento abstrato aumenta a probabilidade de uma ideia ser nova. Por tanto, é essencial ancorar ideias abstratas no pensamento concreto para garantir que a solução seja válida e útil.

Aqui estão as quatro fases para uma inovação eficaz.

Imersão

A primeira fase é sobre estreitar o foco do processo de design thinking. Envolve a identificação da declaração do problema para chegar ao melhor resultado. Isso é feito por meio de observação e tempo para determinar o problema e os obstáculos que impediram uma solução no passado.

Várias ferramentas e estruturas estão disponíveis para fazer observações concretas sobre usuários e fatos coletados por meio de pesquisas. Independentemente de quais ferramentas são implementadas, a chave é observar sem suposições ou expectativas tendenciosas.

Depois que as descobertas de suas observações forem coletadas, o próximo passo é moldar as percepções enquadrando essas observações. É aqui que você pode se aventurar no abstrato reformulando o problema na forma de uma afirmação ou pergunta.

Ideação

Uma vez que se solidificou o problema ou a pergunta, o próximo passo é a ideação. Você pode usar uma ferramenta como o pensamento inventivo sistemático (SIT) nesta etapa, que é útil para criar um processo inovador que pode ser replicado no futuro.

O objetivo é, em última análise, superar a fixação cognitiva e conceber ideias novas e inovadoras que resolvam os problemas que você identificou. Continue evitando ativamente suposições e mantenha o usuário na vanguarda de sua mente durante as sessões de ideação.

Desenvolvimento

A terceira fase envolve o desenvolvimento de conceitos criticando uma gama de soluções possíveis. Isso inclui várias rodadas de prototipagem, teste e experimentação para responder a perguntas importantes sobre a viabilidade de um conceito.

Lembre-se: este passo não é sobre perfeição, mas sim, experimentar ideias diferentes e ver quais partes funcionam e quais não.

Implementação

A implementação é quando todo o processo se junta. Como uma extensão da fase de desenvolvimento, a implementação começa com testes, refletindo sobre os resultados, reiterando e testando novamente. Isso pode exigir voltar a uma fase anterior para iterar e refinar até encontrar uma solução bem-sucedida. Essa abordagem é recomendada porque o design thinking é um processo iterativo não linear.

Nesta fase, não se esqueça de compartilhar os resultados com sua equipe e refletir sobre as estratégias de inovação implementadas durante o processo de design thinking. Aprender com a experiência por si só já é um processo de inovação e um projeto de design thinking.

Por que eu devo investir em design thinking?

O design thinking não garante melhores produtos ou soluções. Em vez disso, impulsiona a experimentação, a coleta de dados e a análise, e permite que os designers vejam seus desafios diários de novas maneiras. Os resultados são promissores.

Mudar do modelo “padrão” para seguir os processos de design é uma maneira inteligente de tornar sua empresa mais rápida, mais organizada e mais criativa. O que, por sua vez, gera um maior retorno sobre o investimento.

As empresas iniciantes que adotam a metodologia de design thinking tendem a se sair melhor do que concorrentes quando se trata de captação de recursos e lucros. Uber, Airbnb, Natura e Netflix alcançaram grande sucesso e têm um histórico de design thinking em suas metodologias. Com o tempo, essas marcas superaram suas concorrentes e seus investidores perceberam um maior retorno sobre seu investimento.

Como aplicar o design thinking?

Você não precisa se tornar um designer para aplicar o design thinking ao seu próprio trabalho! Você pode se concentrar em apenas um aspecto do processo de design thinking, como conhecer seus clientes. Se você está com dificuldade para coletar avaliações positivas, por exemplo, pode optar por realizar entrevistas com usuários para descobrir o que seus clientes esperam quando optam pelos seus serviços ou produtos.

Ou talvez você queira se concentrar na natureza colaborativa do design thinking e, nesse caso, você pode realizar sessões de ideação com representantes de diversas equipes. Se você perceber que duas equipes, como o marketing e o design, têm dificuldades de se alinhar nos mesmos objetivos. Experimente algumas sessões de brainstorming no estilo design thinking, elas podem ajudar a colocar todos na mesma página.

Independente de qual área do design thinking você deseje se concentrar, está mais que certo que vai ser útil para qualquer negócio. Deixe nos comentários suas dúvidas e sugestões e mãos à obra!

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